Saturday, February 17, 2007

Tempo


Quanto tempo me resta, quanto tempo ainda tenho, quanto tempo desperdicei, quanto tempo aproveitei...
Não pensar no tempo é não pensar na importância da minha passagem, pensar no tempo é partilhar o tormento da incógnita, do não saber.
Que fazer então se ele não pára, se não há pausas nem foras de tempo.
Quantos momentos, quantos contratempos marcam o meu tempo.
Tento compreendê-lo, acompanhá-lo, dar-lhe as mãos e seguir o seu rumo mas por vezes parece que o meu tempo me foge, que me abandona e não espera por mim. Sinto-me cansado, esgotado preciso parar para descansar, para pensar. Mas ele, o meu tempo não abranda para me apoiar. Sei que não posso deixá-lo fugir, que tenho que o agarrar e deixar-me levar... Mas quantas vezes o saber não é sinónimo do fazer, quantas vezes penso que seria melhor acabar o meu tempo, que seria tão mais fácil...
No entanto cada acordar, com o beijo do tempo, faz-me pensar o quanto é bom ainda ter tempo, incerto, mas ter.

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