Wednesday, March 14, 2007

Simplicidade


Proponho um agradecer às pequenas coisas, aparências insignificantes, intenções desinteressadas, gestos espontâneos, atitudes sinceras...
A estas pequenas manifestações, da ainda existente consciência humana, apelo à sua prosperidade. É tempo de retribuir, de receber e também de dar efémeras visões de que, afinal, as nossas estátuas não são apenas pedra desgastada pelas privações temporais, que o gelo que integra grande parte da nossa existência ainda pode derreter... que até o mais resistente ferro pode ainda ser fundido. Chega de comparações, de idealizações, de sses...
Passarei a valorizar ainda mais aquilo que tenho, o que me rodeia e tudo o que acompanha o meu percurso.
É urgente um (re)acordar, um pestanejar até dissipar a névoa que tem turvado a minha visão. É possível reencontrar a razão do querer que o amanhã aconteça, vislumbrar a luz no fundo do túnel das minhas horas...
Se me foi concedido um dom, um tesouro, uma hipótese não serei ingrato ao ponto de não lhe atribuir o devido valor, de desperdiçar tamanha oportunidade.
Por isso sorrio, fui contemplado e reconheço a responsabilidade de possuir tal bola de cristal, tão bela, tão frágil...
Agradeço à simplicidade desta complicação constante, elogio o meu despertar para esta causa, apelo ao seu desenrolar. Ergo-me para um outro dia, para outra oportunidade, para um outro sobreviver...


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