Monday, March 5, 2007

Pano Negro


Desce o pano negro, mortalha de angústia que se estampa em rostos à procura de resignação.
Mais uma pausa deste silêncio marca o meu caminho, mais uma fita negra é lançada ao vento com destino incerto...
Circunstância, fatalidade, destino... um adormecer dos sentidos, um acordar de realidade.
Não sei para onde vou, desconheço o que me espera mas sei que um dia também deixarei de sentir. É por isso, pelo inevitável desfecho, que preciso viver.
É este perceber da minha impotência, da minha fraqueza neste duelo que é a vida. Combate desleal pois não possuo armas nem defesas...
É nas cinzas da dor que se encontra a centelha de fogo para um renascer, é deste pó que reaparece a Fénix do prosseguir...
É impossível evitar a mudança, o transformar da ambição, o contrariar a vontade da razão.
Não sei o que me espera, neguei o arrependimento, fortaleci a esperança. Destes meus momentos e tormentos resultarão outros olhares, outras máscaras.
Da ampulheta do meu tempo escorrerão outros pensamentos, outras motivações, outros caminhos...

1 comment:

Anonymous said...

Muito fixe o teu blog! parabens!