Numa demanda perdida
Por vultos sem nome
Espectros perfurados rancorosamente
Por agulhas aguçadas pelo desprezo
São seres, são almas, são história
Apagados na presença
Presentes em perpétuo desterro
Formas já indistintas de um ser
Esquecidos de inevitável vivência
Pesados, obscuros, carregados
São rasgos de existência
Carne apodrecida e putrefacta
Indigentes malígonos
Alucinações não sonhadas
Mas sentidas...
Espectros quem somos...
Nervos emaranhados de percepção
Incompreendidos, carrascos da normalidade
Podridão alheada de voz
Espectros...
Revelações de uma brutalidade escondida
Tão completa, tão pura
Vagabundos sem destino conhecido
Criaturas que sabem acreditar...
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