Monday, March 24, 2008

Castelo de Mágoa


Entregue à fraqueza do meu ser, à insignificância do meu agir sinto, agora, a dor do martírio a que me entreguei. Causa impensada, consequência inesperada, mostraram-me certezas desconhecidas, revelaram-me os dissabores de mágoa, de desilusão, de fracasso...
Fui cego... pois não quis ver a intensidade que me rodeava, fui sincero... pois não suportei um agir de outra forma, fui feliz... e empurrei a felicidade para o abismo...
Sinto-me desorientado, seguro de mim, insignificante ser por nada poder fazer para controlar o tempo...
Poder encontrar a essência, alma perdida neste contexto social que nos absorve devia ter fortalecido este conteúdo mas não... deixei-me confundir por juízos de que nada servem, géneros estereotipados que de nada têm de sinceridade.
Defeitos? Tenho os meus... Erros? Quem me dera poder apagá-los do meu caminho...
Valerá a pena embrenhar-me numa batalha em campo desconhecido, poderei redescobrir-me, conseguirei revelar um eu manchado pela atitude, um eu condenado pela instabilidade da dúvida, um eu agora consciente do que penhorei ao entregar-me a lugares sem pensar, ao permitir uma dor quase que premeditada...
A esse olhar entrego a esperança do tempo, a esses instantes lançarei a âncora do meu sentir, à certeza de um proferir em igualdade a um pensar fincarei o meu desejo de te alcançar, de te provar que este sou eu...
Naquele castelo, num olhar de sintonia não consegui observar a beleza da vista contemplada...
Quantas pedras o constroem quantas mágoas guardarei pela tristeza que me invade...

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